A organização do sistema defensivo da colônia de abelhas acontece em etapas: a primeira delas consiste na percepção da ameaça. Geralmente a percepção é realizada pelas abelhas guardas, que ficam situadas no alvado da colmeia. Na segunda etapa as abelhas procuram identificar a magnitude da ameaça.
Ameaças que são identificadas como baixo risco, como uma aranha por exemplo, geralmente somente as abelhas guardas são suficientes para resolver o problema. Já as ameaças de alto risco para colônia exigem a participação de grande quantidade de abelhas. No caso de mamíferos, que quase sempre significam grande perigo à integridade da colônia, as abelhas guardas iniciam a etapa de alerta, cujo objetivo é recrutar o maior número de abelhas soldados para auxiliar na eliminação da ameaça.
Após o recrutamento as abelhas envolvidas no processo de defesa se aproximam da ameaça e passam a revidar a ameaça do intruso, marcando-o com feromônios de alerta, atraindo mais abelhas para o alvo. Nesse caso há duas possibilidades: o intruso se assustar e sair de perto da colônia ou persistir em seu ataque, desencadeando o ataque resposta das abelhas.
O ataque resposta compreende diversos comportamentos, tais como perseguição ao intruso, mordidas e ferroadas. Abelhas operárias com pelo menos cinco dias de vida já possuem o reflexo de ferroar completamente desenvolvido. Contudo, o ferroada é utiliza como último recurso, pois o ferrão das abelhas operárias possui farpas em sentido contrário à ponta do ferrão, fazendo com que o ferrão se prenda à pele do intruso. Juntamente com ferrão fica presa a popularmente chamada “bolsa de veneno” e, pode ocorrer também, de parte do intestino da abelha se desprender do seu abdômen. A “bolsa de “veneno” possui uma musculatura que fica pulsando mesmo estando fora do corpo da abelha, fazendo com que maior quantidade de toxina penetre do corpo do intruso. Em todas as situações, a abelha que ferroou perde seu ferrão, deixando sua cavidade abdominal completamente exposta à ação de microrganismos.
Diferentemente do algumas pessoas imaginam, as abelhas não morrem logo que perdem seu ferrão. Após a ferroada as abelhas podem sobreviver de minutos até horas, não sendo possível prever o tempo da perda do ferrão até a morte.
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